Drogas Digitais

Muitas vezes ao ver pessoas fumando ou utilizando qualquer tipo de drogas temos o hábito de criar pensamentos repressivos tendo em vista a todo o mal que é ocasionado pelo uso de tais substâncias, obvio que dependendo do meio em que vivemos algumas são bem aceitas para quaisquer que sejam os fins, porém esquecemos que silenciosamente estamos cada vez mais dependentes do meio digital e que ao sofrer abstinência do mesmo passamos a sofrer de forma incodicional e incoerente comparado a real situação.

Até que ponto podemos considerar que atualmente somos ciborgues, feitos pela combinação do orgânico e do cibernético, ou se somos realmente dependentes de ferramentas digitais assim como um fumante ao seu cigarro?

Podemos notar que depositamos grandes responsabilidades aos aparelhos digitais com o fim de guardar memórias, agilizar respostas através de buscadores e até mesmo de nos gerar felicidade ou sensações que antes eram apenas possiveis através de uma experiencia presencial. O dispositivo se tornou uma extensão de nossas vidas e consequentemente criou uma dependencia ou necessidade assim como qualquer um de nossos sentidos.

Até que ponto estamos vivemos no mundo real ou no virtual, onde muitos ao despertar buscam seus dispositivos para verificar as últimas atualizações, onde muitos não trocam mais olhares por estarem fixadamente olhando para suas telas, onde qualquer tipo de estimulo ou evento é preciso ser registrado e publicado para que outros vejam o que você está vivendo, o ato de viver se resume em uma gravação sem qualquer tipo de estimulo sensorial comparado com a realidade, desprovido de sensações onde a e memória se transforma apenas em um arquivo digital.

Arte: Hajime Sorayama

Categories: Espiritualidade, Saúde