Sofrimento Organizacional

Baseado na publicação Mal estar das civilizações de Freud, podemos equiprar e aprofundar sobre a relação do ser humano com o seu trabalho, onde o mesmo se torna o principal meio de sua felicidade, mesmo havendo limitações culturais sobre sua atuação, isso significa que o ser humano deverá adaptar-se a fim de pertencer a esta organização que limita o seu próprio ser.

Com isso podemos dizer que, um indivíduo e sua natureza, mesmo sendo um agente transformador ao seu redor, será limitado pela cultura organizacional da mesma forma que o cidadão é pela civilização em relação aos seus instintos, que por fim, ao serem supridos o direcionarão para total satisfação ou felicidade.

Considerando tecnicamente este fator, o colaborador que possui em si valores intrísecos naturais a sua existência, aos quais poderão contribuir para a mudança organizacional, acabará sendo limitado pela mesma, que é forte o suficiente para repelir ou abraça-lo para a sua adequação ao ambiente em que atua. O ato de suprimir esses valores e vontades o levará para tristeza e instatisfação, e cabe ao colaborador perante a organização, assim como o cidadão perante a civilização, encontrar o meio onde suas vontades serão comuns ao que a cultura o permite suprí-las.

A cultura organizacional assim como a cultura da civilização existe para delimitar os instintos do ser humano, a fim de criar um meio comum de harmonia e convivência, porém desconsidera que uma das principais fontes de felicidade é o ato de suprir tais instintos, que podem ser manifestados de diversas formas, e resta a cada indivíduo, assim como na civilização, encontrar os meios permitidos pela cultura de ser feliz, ao ponto de que cada vez mais deixe de ser um agente heterogênio ao meio a fim de ser reprimido pelo mesmo.

Arte: Roy Lichtenstein

Categories: Espiritualidade, Negócios