Camadas de Ódio

Por que devemos nos expor tanto nas redes sociais? Por que as pessoas deveriam ver o que estou comendo ou se fui à academia? Elas realmente se importam? Imagine não muito tempo atrás, durante os anos 90, como seria se uma pessoa tirasse uma foto de seu almoço e começasse a mostrá-la para todos ao redor. Cada vez mais temos acesso à informação, mas também à intimidade das pessoas, desde fotos de comida a colapsos mentais pela internet, quanto estamos nos beneficiando dessas ações?

Durante o processo de conhecer alguém, geralmente exploramos camadas para conhecê-la, a primeira camada envolve assuntos simples para encontrar uma comunicação comum, como clima, programas de TV, músicas, filmes, eventos e outros. Esses tópicos mudarão quando começarmos a aprofundar nossa relação e assim o nível de intimidade aumentará e descobriremos quem essa pessoa realmente é, decidindo então se devemos continuar ou não com essa conexão em nosso dia a dia.

Atualmente as pessoas têm acesso direto à intimidade de outras pessoas, conteúdo que nunca conheceríamos durante uma conversa normal da vida real. Do outro lado da tela sem contexto, linguagem corporal e presença física o julgamento se torna fácil, e ficamos mais propensos a criticar, invejar e odiar o outro que talvez nunca venhamos a conhecer. Esse ambiente contribui não apenas ao julgamento alheio mas também para criticar outors sem nenhum sinal de empatia ou educação, pois todos os sentidos se reduzem apenas a telas e fotos de perfil.

Independentemente de quem você é na vida, para os outros você será apenas mais um usuário on-line.

Conteúdo inspirado em: https://www.youtube.com/watch?v=G5S0bK8mqAM

Arte: Salvador Dali – Galatea of the Spheres (1952)

Categories: Espiritualidade, Saúde